Discipulado: Igreja Discipula





Mateus 28.16 Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes havia designado. 17E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.

Nas últimas semanas, estudamos os conceitos relacionados com uma das matérias mais preciosas e ricas das Escrituras: o discipulado cristão. Ficou definido que “O discípulo é um pecador perdoado aprendendo Cristo em arrependimento e fé” (Colin Marshall e Tony Payne – Projeto Videira). O seguidor de Cristo, cultiva um estilo de vida particular, denominado de discipulado. A melhor explicação do termo discipulado segue nessa direção: seguir Jesus está relacionado com conhecer e desfrutar de Cristo, aprender e ser santificado por Cristo e ensinar Cristo às outras pessoas. Em outras palavras, um discípulo é alguém que segue e ajuda outras pessoas a seguirem Cristo - alguém que discipula.

Inevitavelmente, duas questões ainda precisam ser respondidas: a primeira é onde fazer discípulos? E a segunda, como fazer discípulos. A questão de onde fazer discípulos, pode parecer estranha ou trivial, contudo, ela é mais importante do que se pode imaginar.

A IGREJA COMO LUGAR DE DISCIPULADO

Para muitas pessoas, o discipulado possui dois locais principais: (1) o discipulado ocorre em um local privado. Fazer discípulos é geralmente visto como um trabalho pessoal e íntimo (geralmente associado a passar tempo com novos crentes para firmá-los nos fundamentos da fé) ou talvez em pequenos grupos que se encontram nas casas das pessoas. (2) como um empreendimento missionário que deveria estar ocorrendo “nas nações” — isto é, em algum lugar em outro país.

Então, onde o discipulado deve acontecer? Colin Marshall e Tony Payne no livro “Projeto Videira” argumentam que “Onde, portanto, o aprendizado de Cristo acontece? Ele acontece em todas as facetas e atividades das comunidades de aprendizado transformador que chamamos de igrejas; e por meio das nossas igrejas, também acontece em todos os cantos deste mundo tenebroso”. Mark Dever aprofunda: “a Bíblia ensina que a igreja local é o ambiente natural para o discipulado. Na verdade, ela ensina que a própria igreja local é a discipuladora fundamental dos cristãos”.

BASE BÍBLICA

Mateus 28.16 Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes havia designado. 17E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.

Depois da sua ressurreição, Jesus encontra-se com seus discípulos ordenando que eles façam outros discípulos. A passagem pode ser dividida em três partes:

1. As qualificações dos discípulos (discipuladores).

Mateus 28.16 Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes havia designado. 17E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns duvidaram.

A ordem de Jesus para os seus seguidores fazerem discípulos de todas as nações acontece no contexto de sua ressurreição. O Senhor ressurreto é digno de toda adoração, mas alguns duvidaram. A tarefa ordenada pelo Cristo revivido não foi dada aos poderosos, capacitados ou influentes de sua época. Aqueles que o adoraram, e mesmo os que duvidaram, receberam o mandato do Senhor Jesus.

O senhor da causa, não conta com as habilidades, méritos ou capacidades de seus escolhidos, antes, ele mesmo, os capacita para executarem as suas atribuições. Portanto, não é devido aos verdadeiros seguidores de Cristo utilizar-se dos esconderijos verbais para não obedecerem aos mandamentos de Deus. Dos discípulos é necessário que sejam adoradores, mesmo que duvidem.

2. A autoridade e o poder do discipulado.

18Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.

O Cristo vivo reivindica para si mesmo toda autoridade no céu e na terra. Como ser divino ele tem poder para dispor de toda a criação de acordo com sua vontade. D. A Carson diz: “Esse bem definido exercício de autoridade é concedido a Jesus como ápice da vindicação de sua humilhação; e ela marca uma guinada na história da redenção, pois o “reino” do Messias (ou seja, seu “reino-domínio”, o exercício de sua autoridade divina e salvadora) manifesta-se em novo poder. Esse poder e autoridade não vieram do Império Romano, não foram autorizados pelos líderes de Israel e muito menos de alguma corporação humana. Cristo Jesus, nosso Senhor, recebeu poder e autoridade de sua própria divindade - manifestada em sua ressurreição.

Isso significa, que quem está ordenando é importantíssimo – nenhuma personalidade pode superá-lo -, poderosíssimo – quem tem semelhante poder? – e graciosíssimo – escolhe propagar a sua causa por meio de pecadores regenerados pela graça. A Grande Comissão procede da autoridade e do poder de Cristo. A autoridade de seu mandamento direto e inequívoco é a nossa principal motivação para o discipulado.

3. A ordem para o discipulado.

19Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.

Embora não seja um mandamento propriamente dito, ela compartilha da força imperativa do verbo do qual depende (vão) e, é certamente intencionada como comando. A ordem tem um intuito: fazer discípulos. O verbo aqui é tipicamente entendido como "ensinar" ou "treinar". Num sentido, somente Deus "faz discípulos", mas ele nos envia como mestres e treinadores para aqueles que ele efetivamente chama.

Há, contudo, mais uma coisa a se observar, trata-se de onde e como ele deseja que seus discípulos obedeçam.

  1. Como: Dentre todas as nações - nos dirigimos a todas as nações. Note que ele não manda fazer discípulos nas nações, mas das nações. O ato de fazer discípulos não está reservado apenas a Israel, ao Oriente Médio ou à África. O cristianismo não é só para a Europa ou para a Ásia. Cristo detém toda a autoridade sobre a terra, portanto, faremos discípulos de todas as nações.

  2. Finalmente, depois de dizer aos discípulos que fizessem discípulos, ele lhes diz de que maneira: mediante o batismo e o ensino. Em outras palavras, por meio de nossas igrejas. Sim, cada seguidor de Cristo sai para o mundo, no escritório, na escola, no bairro, neste ou do outro lado do planeta. No entanto, o ministério das ordenanças e o ministério do ensino são realizados primordialmente pelas igrejas. Senão vejamos:

    Atos 2.41 Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.

    Todas as pessoas que ouviram e aceitaram a palavra pregada por Pedro, arrependendo de seus pecados, foram batizados e incluídos na igreja.

    Romanos 6.3 Ou será que vocês ignoram que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

    Paulo pressupõe que todos os membros da igreja local de Roma foram batizados.

    Colossenses 3.16 Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração.

    No ambiente da igreja local os crentes devem ensinar uns aos outros.

Embora comunhão e discipulado autênticos sejam possíveis fora da igreja, é por meio do batismo e da ceia que nos reconhecemos como membros do Corpo de Cristo, estabelecendo um vínculo de prestação de contas espiritual. O ensino bíblico da igreja, liderado pelos presbíteros, equipa os cristãos para a obediência a Cristo. A igreja local, tanto em seus cultos como em seus relacionamentos, é o contexto ideal para o discipulado.

Entretanto, Dever aponta uma discrepância:

Cristãos se unem às igrejas e ninguém se aproxima deles. Não há uma cultura em que pessoas solteiras convivem com famílias para aprenderem a servir a Cristo. Nenhuma cultura da partilha do evangelho com imigrantes. Pouca hospitalidade; apenas convites esporádicos para um almoço de domingo ou um jantar na quinta-feira. Nenhum homem pastoreia sua mulher, e nenhuma mulher casada ou mais velha discipula as mais jovens. Inexiste aconselhamento bíblico entre os próprios membros; o aconselhamento ocorre apenas nos gabinetes pastorais. Não se cogita ir a uma igreja cujo estilo musical não seja o seu favorito, ainda que sirva aos outros. Não se pensa em ajudar uma família ou um casamento em apuros. Pouca aproximação das pessoas com cor de pele ou sotaque diferentes. São poucos - se é que existem - os jovens que se encontram com outros jovens para estudar a Escritura. Diante de igrejas com esse perfil não causa surpresa que algumas pessoas tenham se voltado para os ministérios pareclesiásticos. A experiência lhes ensinou que a igreja local é o último lugar onde procurar oportunidades para o discipulado.

A IGREJA DISCIPULADORA

Quais são, portanto, as atividades de discipulado da igreja? A igreja discípula através das diversas esferas de atividades:

A assembleia de membros.

1Coríntios 5.4 Em nome de nosso Senhor Jesus, reunidos vocês e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, 5que esse tal seja entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor.

Mateus 18.18 — Em verdade lhes digo que tudo o que ligarem na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligarem na terra terá sido desligado nos céus.

A assembleia de membros de uma igreja proporciona um profundo discipulado, à medida em que proporciona um ambiente de temor, reverência e amor. Ao perceber determinada situação em que a profissão de fé de um indivíduo está em contradição com sua vida, Cristo concede à igreja reunida a autoridade para “ligar” e “desligar". A igreja aprecia se pode continuar confirmando a confissão da pessoa ou se excluiria o indivíduo da membresia. Em suma, a assembleia reunida detém a autoridade e o poder das chaves. Em tudo isso a igreja ensina/discipula os crentes e expressa ao mundo o amor a Jesus, o amor a igreja de Cristo e ao pecador impenitente.

O culto público de adoração.

Efésios 5.18 E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se encher do Espírito, 19falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, 20dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

O culto público de adoração do povo de Deus promove o discipulado por excelência. No culto os crentes são advertidos, exortados, confortados e

animados através da palavra de Cristo cantada, falada, orada e pregada. Quando em comunhão com os irmãos da igreja local, participamos ativamente do culto, estamos promovendo o discipulado. Matt Merker no livro “Culto Público” afirma:

Todos têm um trabalho a fazer.[...] ainda que nossa parte seja aparentemente insignificante, como ler em uníssono a Escritura, cantar os hinos e passar o pão e o cálice para a pessoa ao nosso lado.[...] Não há espaço para o anonimato quando a igreja se reúne.[...] Portanto, de um modo muito prático, gosto de fazer parte de uma igreja em que as luzes ficam acesas. Gosto também da organização dos bancos em semicírculo. Dá para ver o rosto das pessoas e ouvir a voz delas. A Bíblia, é claro, não exige que sigamos essas decisões práticas e arquitetônicas. No entanto, são detalhes que dizem algo em bom e alto som: "Esta é uma igreja em que ministramos uns aos outros".

As reuniões da igreja.

Hebreus 10.24 Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras. 25Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima.

A obra do discipulado da igreja acontece simplesmente pelo ato de reunir-se. Cada encontro em grupos de estudo bíblico, treinamentos de liderança, almoços e cultos de oração. O autor de Hebreus observa que o objetivo de congregar é ajudar-nos mutuamente a seguir Jesus, ou como declara o autor de Hebreus, animar uns aos outros ao amor e às boas obras. E de que maneira o autor afirma que a igreja alcança esse objetivo? Não abandonando as reuniões. Reunindo-se! É assim que "encorajamos” uns aos outros. Com isso, ele nos admoesta a nos reunir com frequência e regularidade e a fazer com que as reuniões regulares moldem a forma de seguirmos Jesus e de ajudarmos o próximo a segui-lo.

Batismo e ceia do Senhor.

1Coríntios 11.26 Porque, todas as vezes que comerem este pão e beberem o cálice, vocês

anunciam a morte do Senhor, até que ele venha.

As ordenanças (batismo e ceia) também ensinam. A ceia, por exemplo, "anuncia" a morte de Cristo até que ele venha novamente. Enquanto, batizar alguém significa reconhecer formalmente que essa pessoa "está com Jesus". Esses representantes de Jesus devem, então, ser ensinados (Mt 28.18-20). Ademais, as ordenanças também propiciam a prestação de contas para a vida cristã. Elas indicam quem são os membros da igreja.

O sistema de governo congregacional da igreja, estabelece que a congregação detém a autoridade final nas decisões relativas à membresia e aos participantes das ordenanças. O batismo e a ceia facilitam aos membros discipular uns aos outros evitando que a igreja se torne uma multidão de amizades informais, quando ninguém é responsável por ninguém e as pessoas são deixadas para definir o evangelho e a fidelidade a ele por si mesmas. Se não há prestação de contas, como os crentes novos conseguirão discipular uns aos outros? Como eles saberão quem são os crentes e quem são os hereges ou hipócritas?

Presbíteros.

Hebreus 13.7 Lembrem-se dos seus líderes, os quais pregaram a palavra de Deus a vocês; e, considerando atentamente o fim da vida deles, imitem a fé que tiveram.

No Novo Testamento, o papel fundamental do pastor ou presbítero é discipular mediante o ensino da Palavra de Deus. Um de seus objetivos ao ensinar é preparar a igreja para a obra do ministério, a fim de que ela possa edificar a si mesma em amor (Ef 4.11-16). Eles discipulam os membros para que os membros possam discipular. O ensino da Palavra por parte do pastor consiste no cerne do ministério de discipulado da igreja. Mark Dever adverte sobre o papel do presbítero:

Ele (pastor) fornece o alimento e a água que nutrem todos os outros relacionamentos de discipulado dentro dela (igreja). Você provou dele no domingo passado e espero que o tenha experimentado também na última vez em que procurou o conselho de um presbítero. Caso isso não tenha ocorrido, mude de igreja; encontre uma em que a Palavra de Deus lhe seja ensinada, para o bem de sua alma e a fim de poder ajudar outras pessoas.

Os presbíteros são homens capacitados pelo Espírito e reconhecidos pela congregação como modelos exemplares. Portanto, observe a vida deles como parte do seu discipulado e aprenda com eles a discipular outras pessoas. Ao mesmo tempo, a igreja também ajuda a incentivar a cultura do discipulado ao estar pronta para rejeitar os presbíteros sempre que eles rejeitarem a Verdade de Deus. Se discipular significa ajudar o próximo a seguir Jesus, as congregações que toleram maus mestres não ajudam o próximo a seguir Jesus. Em tudo isso, os presbíteros ajudam a dar à igreja sua forma e a torná-la um ambiente em que o ato de discipular possa florescer.

Membresia.

Romanos 12.9 O amor seja sem hipocrisia. Odeiem o mal e apeguem-se ao bem. 10Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros. 11Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos. Sejam fervorosos de espírito, servindo o Senhor. 12Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação e perseverem na oração. 13Ajudem a suprir as necessidades dos santos. Pratiquem a hospitalidade. 14Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem. 15Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. 16Tenham o mesmo modo de pensar de uns para com os outros. Em vez de serem orgulhosos, sejam solidários com os humildes. Não sejam sábios aos seus próprios olhos.

Enumere os "uns aos outros" que aparecem nesta curta passagem de Paulo. Esse é um exemplo de comunidade que assume a responsabilidade por seus membros. O que desejo é que você perceba que essas responsabilidades de "uns para com os outros" - das quais muitas serão cumpridas de maneira individual - ocorrem no contexto da responsabilidade conjunta da própria congregação. Toda a membresia da igreja é responsável por se certificar de que cada membro está crescendo em graça e amor.

O Novo Testamento incumbe a congregação reunida da responsabilidade de se certificar de que os membros vivam à altura de sua profissão de fé e do pacto eclesiástico uns com os outros. Jesus faz isso em Mateus 18. Paulo também exorta a igreja de Corinto a excluir o homem não arrependido da membresia

(1Co 5) e exorta a congregação a restaurar quem se mostrar arrependido (2Co 2.6,7). Essa responsabilidade de toda a igreja é parte do fazer discípulos e, em si mesma, um auxílio à obra do discipulado individual.

Suportando o crescimento espiritual dos membros.

Colossenses 1.9 Por esta razão, também nós, desde o dia em que soubemos disso, não deixamos de orar por vocês e de pedir que transbordem do pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. 10Dessa maneira, poderão viver de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus.

Na vida de uma igreja saudável, o crescimento e a saúde espirituais devem ser a regra e a prática. Deve ser normal ver pessoas crescerem e amadurecerem espiritualmente. Na verdade, o crescimento espiritual não é opcional para o cristão; ele indica vida. Nosso ensino e nosso testemunho adquirem sua forma de acordo com o ensino e a vida da igreja. Mark Dever exemplifica:

Você está tendo dificuldade com a evangelização pessoal? Então, espero que dê ouvidos à ajuda, à oração e aos testemunhos de outros membros de sua igreja. Você está tendo prazer ou tribulação em seu casamento atualmente? A igreja local é o lugar para procurar estímulos e conselhos. É onde recebemos instrução e a passamos adiante, conforme discipulamos uns aos outros. [...] Como pode um cristão mais jovem lidar com o desânimo e a dúvida quando um amigo se afasta da fé? Por meio do apoio e do conselho da igreja. [...] Como encontrar um cônjuge e construir uma família, ser um bom funcionário e um vizinho prestativo? Mediante o ensino da igreja local e o discipulado encontrado ali. [...] Como fortalecer os fracos, buscar os desviados, incentivar os evangelistas? Por meio da igreja local!

Aqui estão apenas alguns exemplos de como ajudamos uns aos outros a seguir Jesus. As igrejas não precisam tanto de programas especiais de discipulado quanto carecem de uma cultura de discipulado, nas quais cada membro priorize a saúde espiritual do outro.

Conclusão

A nossa responsabilidade como igreja e a nossa responsabilidade individual se fundem no discipulado. Lemos a Palavra e falamos dela uns aos outros. Passamos tempo uns com os outros. Oramos por nós e pelos outros. Amamos. Contribuímos. Frequentamos as reuniões semanais. Aramos nosso coração de antemão, prontos para receber a Palavra de Deus. Submetemo-nos à liderança sábia dos presbíteros - a menos que eles estejam nos conduzindo na direção errada. Respeitamos a mordomia que a congregação exerce sobre nós. Aconselhamos, encorajamos e advertimos uns aos outros.


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