Aliança
Gênesis 35.1Deus disse a Jacó: — Levante-se, vá para Betel e habite ali. Faça ali um altar ao Deus que lhe apareceu quando você fugia do seu irmão Esaú. 2Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: — Joguem fora os deuses estranhos que há no meio de vocês, purifiquem-se e troquem de roupa. 3Vamos nos preparar e ir para Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei. 4Então deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas. E Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém. 5Quando eles partiram, o terror de Deus invadiu as cidades vizinhas, e não perseguiram os filhos de Jacó. 6Assim, Jacó chegou a Luz, chamada Betel, que fica na terra de Canaã, ele e todo o povo que estava com ele. 7E edificou ali um altar. E àquele lugar deu o nome de El- Betel, porque ali Deus havia se revelado a ele quando estava fugindo do seu irmão. 8Débora, a ama de Rebeca, morreu e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho que se chama Alom-Bacute. 9Depois que Jacó havia retornado de Padã-Arã, Deus lhe apareceu outra vez e o abençoou. 10Deus disse a ele: — Você se chama Jacó, mas o seu nome não será mais Jacó; o seu nome será Israel. E lhe deu o nome de Israel. 11Disse-lhe mais: — Eu sou o Deus Todo-Poderoso; seja fecundo e multiplique-se; uma nação e multidão de nações sairão de você, e reis procederão de você. 12A terra que dei a Abraão e a Isaque darei também a você e, depois de você, à sua descendência. 13E Deus se retirou dele, elevando-se do lugar onde lhe havia falado. 14Então Jacó pôs uma coluna de pedra no lugar onde Deus havia falado com ele e derramou uma libação e azeite sobre ela. 15Ao lugar onde Deus lhe havia falado, Jacó deu o nome de Betel. 16Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, Raquel deu à luz um filho, num parto que foi muito difícil. 17Em meio às dores, a parteira disse a Raquel: — Não tenha medo, pois você ainda terá este filho. 18Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu ao filho o nome de Benoni. Mas seu pai lhe chamou Benjamim. 19Assim, Raquel morreu e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém. 20Jacó levantou uma coluna sobre a sepultura de Raquel. Essa é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje. 21Então Israel partiu e armou a sua tenda além da torre de Éder. 22E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, Rúben foi e se deitou com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo disso. Eram doze os filhos de Israel. 23Rúben, o primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Lia; 24José e Benjamim, filhos de Raquel; 25Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel; 26e Gade e Aser, filhos de Zilpa, serva de Lia. São estes os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã. 27Jacó veio a Isaque, seu pai, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque. 28Os dias da vida de Isaque foram cento e oitenta anos. 29Após uma longa velhice, Isaque expirou e morreu, sendo reunido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram. 36.1São estes os descendentes de Esaú, que é Edom. 2Esaú tomou por mulheres dentre as filhas de Canaã: Ada, filha de Elom, heteu; Oolibama, filha de Aná, filho de Zibeão, heveu; 3e Basemate, filha de Ismael, irmã de Nebaiote. 4De Ada teve Esaú um filho chamado Elifaz e de Basemate lhe nasceu Reuel. 5A Oolibama nasceu Jeús, Jalão e Corá. Estes são os filhos de Esaú, que lhe nasceram na terra de Canaã. 6Esaú tomou as suas mulheres, os seus filhos, as suas filhas, todas as pessoas de sua casa, o seu rebanho, todo o seu gado, todos os bens, tudo o que havia adquirido na terra de Canaã e os levou para outra terra, longe de seu irmão Jacó. 7Porque os bens deles eram muitos para habitarem juntos e a terra de suas peregrinações não os podia sustentar por causa do seu gado. 8Então Esaú, que é Edom, habitou no monte Seir.9Esta é a descendência de Esaú, pai dos edomitas, no monte Seir. 10São estes os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú. 11Os filhos de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz. 12Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú; ela deu à luz Amaleque. Estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú. 13E os filhos de Reuel são estes: Naate, Zerá, Samá e Mizá; estes foram os filhos de Basemate, mulher de Esaú. 14E são estes os filhos de Oolibama, filha de Aná, filho de Zibeão, mulher de Esaú; ela deu a Esaú: Jeús, Jalão e Corá.15São estes os chefes dos filhos de Esaú; os filhos de Elifaz, o primogênito de Esaú: os chefes Temã, Omar, Zefô, Quenaz, 16Corá, Gaetã, Amaleque. Estes são os chefes que nasceram a Elifaz na terra de Edom; são os filhos de Ada. 17São estes os filhos de Reuel, filho de Esaú: os chefes Naate, Zerá, Samá e Mizá. Estes são os chefes que nasceram a Reuel na terra de Edom; são os filhos de Basemate, mulher de Esaú. 18São estes os filhos de Oolibama, mulher de Esaú: os chefes Jeús, Jalão e Corá. Estes são os chefes que descendem de Oolibama, filha de Aná e mulher de Esaú. 19São estes os filhos de Esaú, isto é, Edom, e esses são os seus chefes. 20São estes os filhos de Seir, o horeu, moradores da terra: Lotã, Sobal, Zibeão e Aná, 21Disom, Eser e Disã. Estes são os chefes dos horeus, filhos de Seir na terra de Edom. 22Os filhos de Lotã são Hori e Homã; a irmã de Lotã é Timna. 23São estes os filhos de Sobal: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã. 24São estes os filhos de Zibeão: Aiá e Aná; este é o Aná que achou as fontes termais no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeão, seu pai. 25São estes os filhos de Aná: Disom e Oolibama, a filha de Aná. 26Estes são os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã e Querã. 27São estes os filhos de Eser: Bilã, Zaavã e Acã. 28São estes os filhos de Disã: Uz e Arã. 29São estes os chefes dos horeus: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, 30Disom, Eser e Disã. Estes são os chefes dos horeus na terra de Seir. 31São estes os reis que reinaram na terra de Edom, antes que houvesse rei sobre os filhos de Israel. 32Em Edom reinou Belá, filho de Beor, e o nome da sua cidade era Dinabá. 33Belá morreu, e, em seu lugar, reinou Jobabe, filho de Zerá, de Bozra. 34Morreu Jobabe, e, em seu lugar, reinou Husão, da terra dos temanitas. 35Morreu Husão, e, em seu lugar, reinou Hadade, filho de Bedade, o que derrotou Midiã no campo de Moabe. O nome da sua cidade era Avite. 36Morreu Hadade, e, em seu lugar, reinou Samlá, de Masreca. 37Morreu Samlá, e, em seu lugar, reinou Saul, de Reobote, junto ao Eufrates. 38Morreu Saul, e, em seu lugar, reinou Baal-Hanã, filho de Acbor. 39Morreu Baal-Hanã, filho de Acbor, e, em seu lugar, reinou Hadar. O nome de sua cidade era Paú, e o de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe. 40São estes os nomes dos chefes de Esaú, segundo as suas famílias, os seus lugares e os seus nomes: os chefes Timna, Alva, Jetete, 41Oolibama, Elá, Pinom, 42Quenaz, Temã, Mibzar, 43Magdiel e Irã. Estes são os chefes de Edom, segundo as suas habitações na terra que possuíam. Este é Esaú, pai dos edomitas.
O livro de Gênesis trata, em grande parte, do estabelecimento do reino de Deus por meio de seu povo da aliança. Nessa passagem, Deus toma mais uma vez a iniciativa para executar o seu plano. Na verdade, há um único obstáculo real ao seu cumprimento: a depravação de seu povo da aliança. Assim como Abraão falhou no Egito (12.10-20) e Isaque na Filístia, Jacó falha em Siquém. Esses fracassos, porém, transformam-se em degraus para a fé deles. Após o fiasco em Siquém, a casa de Jacó se arrepende e renova a aliança. Em troca, Jacó recebe a confirmação das bênçãos da aliança abraâmica.
Deus preparará os filhos de Israel para a aliança. Rúben apesar de ser o primogênito não será mais o herdeiro por causa de um ato vil cometido contra seu pai. O autor inspirado, lança as bases dos próximos acontecimentos da família da aliança. O relato sobre a linhagem de Esaú funciona para mostrar que ele, como Ismael, separou-se da linhagem pactual e, como Ló, abandona a Terra Prometida em busca de uma prosperidade maior.
Ao final dessas passagens, a pergunta permanece: como Deus vai preservar suas promessas de um descendente que abençoará todas as nações e de uma terra próspera e fértil para o seu povo da aliança?
A aliança com Israel
A glória de Deus consiste em sua graça. A despeito do ato vil de Rúben, a aliança permanece intacta: uma grande nação que está por vir. Deus levanta um Israel ainda maior para governar Edom. Não obstante a incredulidade de Esaú, seus descendentes têm um futuro. O remanescente de Edom foi reconciliado em Cristo e tornou-se parte do seu reino.
1. A renovação do pacto (35.1-15)
A viagem de Jacó para Betel faz parte do seu itinerário final em seu retorno para Hebrom. A estrutura consiste em dois incidentes: O retorno de Jacó para Betel e a renovação da aliança em Betel.
1)O retorno de Jacó para Betel (35.1-8)
Gênesis 35.1Deus disse a Jacó: — Levante-se, vá para Betel e habite ali. Faça ali um altar ao Deus que lhe apareceu quando você fugia do seu irmão Esaú. 2Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: — Joguem fora os deuses estranhos que há no meio de vocês, purifiquem-se e troquem de roupa. 3Vamos nos preparar e ir para Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei. 4Então deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas. E Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém. 5Quando eles partiram, o terror de Deus invadiu as cidades vizinhas, e não perseguiram os filhos de Jacó. 6Assim, Jacó chegou a Luz, chamada Betel, que fica na terra de Canaã, ele e todo o povo que estava com ele. 7E edificou ali um altar. E àquele lugar deu o nome de El- Betel, porque ali Deus havia se revelado a ele quando estava fugindo do seu irmão. 8Débora, a ama de Rebeca, morreu e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho que se chama Alom-Bacute.
1Deus disse a Jacó... Deus toma a iniciativa para renovar a aliança com Jacó.
1... Levante-se, vá para Betel e habite ali. Jacó tinha um voto a cumprir (Gn 28.20-22). Ele deveria ter ido para Betel, em vez de se estabelecer em Siquém (Gn 33.18).
1... Faça ali um altar ao Deus que lhe apareceu quando você fugia do seu irmão Esaú. Essa é a única vez em que Deus orienta um patriarca a construir um altar.
2Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: — Joguem fora os deuses estranhos que há no meio de vocês, purifiquem-se e troquem de roupa. 3Vamos nos preparar e ir para Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei.
O arrependimento inclui também renúncia a tudo o que impede ou mancha a adoração a Deus. A exigência primária da aliança é a lealdade exclusiva ao Senhor.
2...purifiquem-se e troquem de roupa. Simboliza um estilo de vida novo e purificado
4Então deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas. E Jacó os escondeu debaixo do
carvalho que está junto a Siquém. Ele recuperou sua liderança espiritual. Esses amuletos eram, talvez, parte da pilhagem dos siquemitas.
5Quando eles partiram, o terror de Deus invadiu as cidades vizinhas, e não perseguiram os filhos de Jacó. Contraste isso com os medos de Jacó (Gn 34.30). O pânico divinamente induzido valida a boa confissão de Jacó da presença de Deus, e mostra-se necessário, pois sua reputação mudou: de pastores pacíficos (Gn 34.21) para guerreiros ferozes (Gn 34.30).
7E edificou ali um altar. E àquele lugar deu o nome de El-Betel, porque ali Deus havia se revelado a ele quando estava fugindo do seu irmão. Por meio de sua adoração, a família da aliança conserva sua separação dos canaanitas, seu testemunho a eles e simbolicamente, sua reivindicação da terra baseada nas promessas de Deus.
8Débora, a ama de Rebeca, morreu e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho que se chama Alom-Bacute. As Escrituras lembram a morte da ama idosa e fiel de Rebeca (Gn 24.59), não da própria matriarca, provavelmente porque ela enganou Isaque e porque Jacó não estava presente quando ela morreu.
2)A renovação da aliança em Betel (35.9-15)
9Depois que Jacó havia retornado de Padã-Arã, Deus lhe apareceu outra vez e o abençoou. 10Deus disse a ele: — Você se chama Jacó, mas o seu nome não será mais Jacó; o seu nome será Israel. E lhe deu o nome de Israel. 11Disse-lhe mais: — Eu sou o Deus Todo-Poderoso; seja fecundo e multiplique- se; uma nação e multidão de nações sairão de você, e reis procederão de você. 12A terra que dei a Abraão e a Isaque darei também a você e, depois de você, à sua descendência. 13E Deus se retirou dele, elevando-se do lugar onde lhe havia falado. 14Então Jacó pôs uma coluna de pedra no lugar onde Deus havia falado com ele e derramou uma libação e azeite sobre ela. 15Ao lugar onde Deus lhe havia falado, Jacó deu o nome de Betel.
As semelhanças entre a aliança com Abraão no capítulo 17 e esta aliança são surpreendentes. Elas apresentam:
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● A mesma abertura: SENHOR/Deus apareceu (17.1; 35.9);
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● A mesma moldura: Deus apareceu e elevou-se (17.1;
35.9; 17.22; 35.13);
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● O mesmo título divino: Deus Todo-poderoso – El Shadday
(17.1; 35.11);
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● Mudança de nomes: Abrão para Abraão (17.5); Jacó
para Israel (35.10);
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● Expressões e promessas semelhantes: ser extremamente
fértil, constituir uma comunidade de povos, reis procederão deles e terra para os seus descendentes (17.6,8; 35.11-12).
14Então Jacó pôs uma coluna de pedra no lugar onde Deus havia falado com ele e derramou uma libação e azeite sobre ela. 15Ao lugar onde Deus lhe havia falado, Jacó deu o nome de Betel. Jacó usou essa afirmação visual para restaurar o santuário original, onde ele fez o voto de voltar para a terra (Gn 28.22).
2. Os descendentes de Israel (35.16-29)
A passagem consiste principalmente em três incidentes conectados na vida de Jacó. Quando alcançamos o final dela, Jacó perdeu seu pai, sua mãe e sua esposa mais amada e ganhou o décimo segundo filho, Benjamim. A geração anterior está saindo de cena em preparação para a geração seguinte. O narrador antecipa essa mudança inserindo uma genealogia dos filhos de Israel segundo seus direitos de primogenitura.
1)Morte e nascimento (35.16-20)
16Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, Raquel deu à luz um filho, num parto que foi muito difícil. 17Em meio às dores, a parteira disse a Raquel: — Não tenha medo, pois você ainda terá este filho. 18Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu ao filho o nome de Benoni. Mas seu pai lhe chamou Benjamim. 19Assim, Raquel morreu e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém. 20Jacó levantou uma coluna sobre a sepultura de Raquel. Essa é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
16Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, Raquel deu à luz um filho, num parto que foi muito difícil. O nascimento de Benjamim completa as doze tribos.
17Em meio às dores, a parteira disse a Raquel: — Não tenha medo, pois você ainda terá este filho. Na morte, Raquel teve o conforto de que Deus respondeu à sua oração por outro filho (30.24).
18Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu ao filho o nome de Benoni. Mas seu pai lhe chamou Benjamim. O hebraico significa “filho da minha destra”. Esse é o único filho ao qual Jacó deu nome, sugerindo, novamente, a sua liderança renovada.
19Assim, Raquel morreu e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém. Esta Efrata é identificada como Belém, cidade Natal de Jesus (Mt 2.18).
2)A genealogia de Israel (35.21-26)
21Então Israel partiu e armou a sua tenda além da torre de Éder. 22E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, Rúben foi e se deitou com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo disso. Eram doze os filhos de Israel. 23Rúben, o primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Lia; 24José e Benjamim, filhos de Raquel; 25Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel; 26e Gade e Aser, filhos de Zilpa, serva de Lia. São estes os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.
21Então Israel partiu e armou a sua tenda além da torre de Éder. 22E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, Rúben foi e se deitou com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo disso... O ato vergonhoso cometido por Rúben é motivado mais por política do que por luxúria. Ao profanar Bila, ele garante que, com a morte de Raquel, sua serva não tome o lugar de Lia como esposa principal. Além do mais, ao tomar a concubina do pai, ele tenta tirar a sua autoridade. Por causa de seu pecado, Rúben, perde a liderança da família (Gn 49.3-4). Visto que Simeão e Levi também já haviam sidos excluídos, Judá, o quarto filho de Israel assume o posto.
22... Eram doze os filhos de Israel. 23Rúben, o primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Lia; 24José e Benjamim, filhos de Raquel; 25Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel; 26e Gade e Aser, filhos de Zilpa, serva de Lia. São estes os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã- Arã.
Os doze filhos, são listados em sumário: com base na hierarquia social das esposas de Jacó e, depois, com base em sua idade.
3)Morte de Isaque (35.27-29)
27Jacó veio a Isaque, seu pai, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque. 28Os dias da vida de Isaque foram cento e oitenta anos. 29Após uma longa velhice, Isaque expirou e morreu, sendo reunido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram.
27Jacó veio a Isaque, seu pai, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque. O relato de Isaque termina com a reconciliação entre ele e seu filho Jacó.
28Os dias da vida de Isaque foram cento e oitenta anos. A jornada de Isaque termina com uma plenitude de anos, mas Deus ignorou-o após sua tentativa de frustrar o propósito divino na bênção (Gn 27).
29Após uma longa velhice, Isaque expirou e morreu, sendo reunido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram. Como sua mãe e seu pai, ele foi sepultado na caverna de Macpela.
3. Os descendentes de Esaú (36.1-43)
O relato sobre a genealogia de Esaú mostra a transição da vida tribal para a monarquia. Esse desenvolvimento de Esaú, reflete o desenvolvimento posterior de Israel. O contraste entre os destinos da semente não eleita, fora da terra, e da semente eleita, dentro dela, é ressaltado pela notícia:
36.8Então Esaú, que é Edom, habitou no monte Seir, e 37.1Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
O capítulo é dividido em duas metades:
1) O primeiro relato apresenta uma genealogia segmentada de uma geração dos filhos de Esaú, nascidos na terra de Canaã (36.1-8)
36.1São estes os descendentes de Esaú, que é Edom. 2Esaú tomou por mulheres dentre as filhas de Canaã: Ada, filha de Elom, heteu; Oolibama, filha de Aná, filho de Zibeão, heveu; 3e Basemate, filha de Ismael, irmã de Nebaiote. 4De Ada teve Esaú um filho chamado Elifaz e de Basemate lhe nasceu Reuel. 5A Oolibama nasceu Jeús, Jalão e Corá. Estes são os filhos de Esaú, que lhe nasceram na terra de Canaã. 6Esaú tomou as suas mulheres, os seus filhos, as suas filhas, todas as pessoas de sua casa, o seu rebanho, todo o seu gado, todos os bens, tudo o que havia adquirido na terra de Canaã e os levou para outra terra, longe de seu irmão Jacó. 7Porque os bens deles eram muitos para habitarem juntos e a terra de suas peregrinações não os podia sustentar por causa do seu gado. 8Então Esaú, que é Edom, habitou no monte Seir.
6Esaú tomou as suas mulheres, os seus filhos, as suas filhas, todas as pessoas de sua casa, o seu rebanho, todo o seu gado, todos os bens, tudo o que havia adquirido na terra de Canaã e os levou para outra terra, longe de seu irmão Jacó. Em certa medida, Esaú, o caçador nômade, já ocupava Seir antes do retorno de Jacó. No entanto, ele deixa definitivamente a terra de seus pais apenas quando Jacó retorna.
Os patriarcas do povo de Deus, que apostam seu futuro nas promessas de Deus, vão em direção à Terra Prometida, mas os não eleitos, que vivem pelo que veem - focados nos aspectos social, político e/ou econômico - e não pela fé, afastam-se dela.
8Então Esaú, que é Edom, habitou no monte Seir. Com a migração de Esaú para fora da Terra Prometida, o palco agora está livre para Deus cumprir suas promessas a Israel. Seir é o território nacional da nação de Edom.
2)O segundo relato é estruturado a partir da observação 36.9 Esaú, pai dos edomitas, no monte Seir. A formação de uma nação (36.9-43).
9Esta é a descendência de Esaú, pai dos edomitas, no monte Seir. 10São estes os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú. 11Os filhos de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz. 12Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú; ela deu à luz Amaleque. Estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú. 13E os filhos de Reuel são estes: Naate, Zerá, Samá e Mizá; estes foram os filhos de Basemate, mulher de Esaú. 14E são estes os filhos de Oolibama, filha de Aná, filho de Zibeão, mulher de Esaú; ela deu a Esaú: Jeús, Jalão e Corá. 15São estes os chefes dos filhos de Esaú; os filhos de Elifaz, o primogênito de Esaú: os chefes Temã, Omar, Zefô, Quenaz, 16Corá, Gaetã, Amaleque. Estes são os chefes que nasceram a Elifaz na terra de Edom; são os filhos de Ada. 17São estes os filhos de Reuel, filho de Esaú: os chefes Naate, Zerá, Samá e Mizá. Estes são os chefes que nasceram a Reuel na terra de Edom; são os filhos de Basemate, mulher de Esaú. 18São estes os filhos de Oolibama, mulher de Esaú: os chefes Jeús, Jalão e Corá. Estes são os chefes que descendem de Oolibama, filha de Aná e mulher de Esaú. 19São estes os filhos de Esaú, isto é, Edom, e esses são os seus chefes. 20São estes os filhos de Seir, o horeu, moradores da terra: Lotã, Sobal, Zibeão e Aná, 21Disom, Eser e Disã. Estes são os chefes dos horeus, filhos de Seir na terra de Edom. 22Os filhos de Lotã são Hori e Homã; a irmã de Lotã é Timna. 23São estes os filhos de Sobal: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã. 24São estes os filhos de Zibeão: Aiá e Aná; este é o Aná que achou as fontes termais no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeão, seu pai. 25São estes os filhos de Aná: Disom e Oolibama, a filha de Aná. 26Estes são os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã e Querã. 27São estes os filhos de Eser: Bilã, Zaavã e Acã. 28São estes os filhos de Disã: Uz e Arã. 29São estes os chefes dos horeus: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, 30Disom, Eser e Disã. Estes são os chefes dos horeus na terra de Seir. 31São estes os reis que reinaram na terra de Edom, antes que houvesse rei sobre os filhos de Israel. 32Em Edom reinou Belá, filho de Beor, e o nome da sua cidade era Dinabá. 33Belá morreu, e, em seu lugar, reinou Jobabe, filho de Zerá, de Bozra. 34Morreu Jobabe, e, em seu lugar, reinou Husão, da terra dos temanitas. 35Morreu Husão, e, em seu lugar, reinou Hadade, filho de Bedade, o que derrotou Midiã no campo de Moabe. O nome da sua cidade era Avite. 36Morreu Hadade, e, em seu lugar, reinou Samlá, de Masreca. 37Morreu Samlá, e, em seu lugar, reinou Saul, de Reobote, junto ao Eufrates. 38Morreu Saul, e, em seu lugar, reinou Baal-Hanã, filho de Acbor. 39Morreu Baal-Hanã, filho de Acbor, e, em seu lugar, reinou Hadar. O nome de sua cidade era Paú, e o de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe. 40São estes os nomes dos chefes de Esaú, segundo as suas famílias, os seus lugares e os seus nomes: os chefes Timna, Alva, Jetete, 41Oolibama, Elá, Pinom, 42Quenaz, Temã, Mibzar, 43Magdiel e Irã. Estes são os chefes de Edom, segundo as suas habitações na terra que possuíam. Este é Esaú, pai dos edomitas.
9Esta é a descendência de Esaú, pai dos edomitas, no monte Seir. O cabeçalho mencionando a nação de Edom sugere um progresso no status - de pessoa para nação. A lista de nomes comprova a transição de Esaú de uma família para uma organização tribal.
12Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú; ela deu à luz Amaleque. Estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú. Os amalequitas são punidos por sua agressão traiçoeira e gratuita contra Israel durante seu êxodo do Egito para a Terra Prometida (Ex 17.8-16 e Jz 6.3-5). Samuel ordena que Saul aniquile os amalequitas. Quando Saul poupa a vida de Agague, seu rei, o próprio Samuel o mata (1Sm 15).
31São estes os reis que reinaram na terra de Edom, antes que houvesse rei sobre os filhos de Israel.
Esta lista apresenta oito reis sucessivos, que reinaram em Edom antes dos reinados israelitas. Saul, o primeiro rei de Israel, trava uma guerra contra eles (1Sm 14.47), e Davi subjuga-os ao seu domínio e estaciona guarnições em todo Edom (2Sm 8.13-14).
A aliança de Deus
Hebreus 8.6 Mas agora Jesus obteve um ministério tanto mais excelente, quanto é também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.
Hebreus 8.10 Porque esta é a aliança que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Imprimirei as minhas leis na mente deles e as inscreverei sobre o seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Uma aliança é uma união absoluta e inquebrável com termos e promessas de exigências mútuas. Yahweh revela-se como o Deus fiel da aliança. No relacionamento da aliança, o Senhor da aliança torna-se nosso Deus, e nós nos tornamos o seu povo. Verdadeiramente, o Senhor sempre cumpre o que diz. Ele é absolutamente fiel às suas promessas e palavras. Em troca, ele pede que também sejamos fiéis e cumpramos o que prometemos fazer. Isso apresenta um problema, pois vivemos descumprindo nossa palavra. Como Deus pode ser tanto fiel e verdadeiro em relação à sua lei e palavra – que são perfeitamente justas - quanto fiel e comprometido conosco – que somos continuamente injustos?
Jesus toma sobre si a maldição da aliança para que a bênção da aliança nos alcance. Ele cumpre a promessa da aliança de Gênesis 3.15 - ferido e, mesmo assim, destrói a obra de Satanás. Jesus também cumpre a aliança abraâmica - ele é verdadeiramente a bênção de todas as nações. Sua vida, como o sacrifício perfeito, cumpre a lei de Moisés. Em resumo, Jesus, como servo obediente e fiel da aliança, cumpriu perfeitamente as condições da aliança por meio de sua vida e de seu sofrimento em nosso lugar, permitindo que ele mesmo, como Senhor fiel da aliança, nos amasse incondicionalmente. Na cruz, tanto a lei quanto o amor de Deus foram cumpridos e satisfeitos. Seremos seu povo e ele será nosso Deus.
O relacionamento pactual
Gênesis 35.10 Deus disse a ele: — Você se chama Jacó, mas o seu nome não será mais Jacó; o seu nome será Israel. E lhe deu o nome de Israel. 11Disse-lhe mais: — Eu sou o Deus Todo-Poderoso; seja fecundo e multiplique-se; uma nação e multidão de nações sairão de você, e reis procederão de você. 12A terra que dei a Abraão e a Isaque darei também a você e, depois de você, à sua descendência.
O texto enfatiza as três ênfases teológicas de Gênesis:
● DEUS. O Senhor da aliança toma a iniciativa de fazer aliança com seu povo (Gênesis 35.10 Deus disse a ele...). No relacionamento da aliança, o Senhor do pacto torna-se o nosso Deus, e nós nos tornamos o seu povo escolhido sem nenhum mérito. Deus está comprometido em transformar Abraão, Isaque e agora Israel em uma grande nação. O compromisso pactual de Deus, de fazer de Israel e de seus descendentes uma multidão de nações, será concretizado no futuro.
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● GRAÇA. A aliança é renovada em um contexto de irresistível graça. Israel foi escolhido sem levar em conta as suas obras. Na verdade, suas obras o desqualificavam para uma aliança. A sua constante infidelidade revela a profunda graça do Deus da aliança em manter um pacto sob essas condições. De igual modo, a graça de Deus não somente tornou possível a aliança, como também possibilitou que ela continue vigorando em circunstâncias de infidelidade de nossa parte. Isso acontece porque quem sustenta a aliança é o próprio Deus por causa de sua graça através de Cristo, o fiel participante da aliança e do seu Santo Espírito, o ajudador pactual.
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● HOMEM. Jacó chama a sua família para a pureza espiritual – eles precisam se livrar de todos os deuses falsos e seus adereços (Gênesis 35.2 Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: — Joguem fora os deuses estranhos que há no meio de vocês, purifiquem-se e troquem de roupa). A maneira escolhida para fazer isso é a afirmação visual (Gênesis 35.14 Então Jacó pôs uma coluna de pedra no lugar onde Deus havia falado com ele e derramou uma libação e azeite sobre ela). Israel celebra um ritual com uma afirmação visual como modo de demonstrar o seu desejo de ser fiel a aliança. Para que os cristãos possam experimentar a vida em Cristo, os velhos "reis" e "deuses" precisam ser desapossados. Na tradição cristã, essa mesma separação é simbolizada pelo sacramento do batismo e da Ceia do Senhor.
O batismo é a declaração pública e consciente de fé em Cristo e a disposição de ingressar na comunidade da aliança. No batismo Deus coloca a sua marca sobre a pessoa batizada. O cristão batizado recebe o selo de que é propriedade de Deus. A Ceia do Senhor está ligada à permanência na aliança. Na participação habitual na Ceia do Senhor, os crentes recebem, pela fé, o sinal que os identifica como pertencendo a Jesus e ao povo do pacto. A Ceia é o alimento espiritual dos crentes, em que o pão simboliza o corpo do Senhor e o vinho o sangue da Nova Aliança. Cristo está presente espiritualmente na Ceia e corporalmente por meio de sua igreja reunida (corpo).
Conclusão
Os crentes desfrutam dos benefícios da aliança com Deus: a salvação, o cuidado, a proteção e as promessas futuras. Como selo e sinal dessa aliança, Deus ordena aos participantes da aliança que recebam o batismo e celebrem a Ceia do Senhor (a refeição pactual).
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