Revelação
Gênesis 39.21 O Senhor, porém, estava com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos do carcereiro. 22Este confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere. E José fazia tudo o que se devia fazer ali. 23O carcereiro não se preocupava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava. 1Passadas estas coisas, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. 2O Faraó indignou-se contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe, 3e mandou prendê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava. 4O comandante da guarda os deixou aos cuidados de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão. 5E os dois sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com o seu próprio significado, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. 6Quando José chegou pela manhã, viu-os, e eis que estavam preocupados. 7Então perguntou aos oficiais de Faraó, que estavam com ele no cárcere da casa do seu senhor: — Por que vocês estão com a cara triste hoje? 8Eles responderam: — Tivemos um sonho, e não há quem o interprete. José lhes disse: — Não pertencem a Deus as interpretações? Contem-me o sonho que tiveram. 9Então o copeiro-chefe contou o seu sonho a José. Ele disse: — Em meu sonho havia uma videira diante de mim. 10E na videira havia três ramos. Ao brotar a videira, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11O copo de Faraó estava na minha mão. Peguei as uvas e as espremi no copo de Faraó, e o entreguei a Faraó. 12Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três ramos são três dias. 13Dentro de três dias, Faraó vai reabilitar você e reintegrá-lo no seu cargo, e você lhe dará o copo na mão dele, segundo o costume antigo, quando era seu copeiro. 14Porém lembre-se de mim, quando tudo lhe correr bem. Peço que você seja bondoso para comigo e fale a meu respeito com Faraó, e me tire desta prisão; 15porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. 16Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: — Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão branco estavam sobre a minha cabeça. 17No cesto mais alto havia todo tipo de comida que um padeiro faz para Faraó. E as aves comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça. 18Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três cestos são três dias. 19Dentro de três dias, Faraó vai mandar cortar a sua cabeça e pendurá-lo numa árvore, e as aves comerão a sua carne. 20No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, ele deu um banquete a todos os seus servos. E, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. 21Reintegrou o copeiro-chefe no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó, 22mas mandou enforcar o padeiro-chefe, como José havia interpretado. 23Porém o copeiro-chefe não se lembrou de José; esqueceu-se dele.
O último episódio terminou com o confinamento de José por Potifar na prisão real, e o novo começa com a providência do Senhor para José na prisão. Enquanto os seus sonhos o levaram a cisterna e posteriormente, a escravidão; dessa vez, os seus sonhos iniciam sua libertação do calabouço.
O texto anterior revelou o caráter nobre de José. Apesar de duramente testado, ele não trai nem a confiança de Potifar nem abandona sua confiança em Deus. Esse texto, sugere a mesma fé, mas apresenta-se divina e singularmente dotado: José depende de Deus para interpretar os sonhos e, possivelmente, espera o cumprimento de seu próprio sonho quando pede que o copeiro se lembre dele. José reconhece que pertence a uma autoridade maior que a dos mestres egípcios, em cujas casas ele trabalha como escravo. Ao mesmo tempo, o apelo de José à lembrança do copeiro torna-o muito humano.
A capacidade de José de interpretar sonhos também lhe dá a capacidade profética de interpretar a revelação de Deus. Como porta-voz de Deus, o intérprete dos sonhos expressa as novas da vida e da morte. Qual o papel dos sonhos na revelação de Deus? Qual o papel de José ao revelar o significado dos sonhos para os oficiais de Faraó, como ele se relaciona com o papel dos crentes e da revelação de Deus?
O objetivo do texto é explorar a história de José na prisão, a revelação de Deus por meio dos sonhos interpretados por ele, e a doutrina da revelação divina, culminando na plenitude dessa revelação em Jesus Cristo e nas Escrituras.
A revelação de Deus
1. José na prisão(39.21-23)
O autor inspirado prepara o cenário para o assunto central da passagem.
Gênesis 39.21 O Senhor, porém, estava com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos do carcereiro. 22Este confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere. E José fazia tudo o que se devia fazer ali. 23O carcereiro não se preocupava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava.
21O Senhor, porém, estava com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos do carcereiro. Deus não afasta José do sofrimento, mas permanece com ele no meio do sofrimento.
21... encontrasse favor aos olhos do carcereiro. A esposa de Potifar viu uma figura masculina para satisfazer seu desejo sexual; O carcereiro viu um prisioneiro exemplar e confiável ao qual ele podia confiar responsabilidades.
23O carcereiro não se preocupava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava. Essa é a chave teológica para compreender toda a história de José.
2. José interpreta sonhos(40.1-19)
40.1Passadas estas coisas, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. 2O Faraó indignou-se contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe, 3e mandou prendê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava. 4O comandante da guarda os deixou aos cuidados de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão. 5E os dois sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com o seu próprio significado, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. 6Quando José chegou pela manhã, viu-os, e eis que estavam preocupados. 7Então perguntou aos oficiais de Faraó, que estavam com ele no cárcere da casa do seu senhor: — Por que vocês estão com a cara triste hoje? 8Eles responderam: — Tivemos um sonho, e não há quem o interprete. José lhes disse: — Não pertencem a Deus as interpretações? Contem-me o sonho que tiveram. 9Então o copeiro-chefe contou o seu sonho a José. Ele disse: — Em meu sonho havia uma videira diante de mim. 10E na videira havia três ramos. Ao brotar a videira, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11O copo de Faraó estava na minha mão. Peguei as uvas e as espremi no copo de Faraó, e o entreguei a Faraó. 12Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três ramos são três dias. 13Dentro de três dias, Faraó vai reabilitar você e reintegrá-lo no seu cargo, e você lhe dará o copo na mão dele, segundo o costume antigo, quando era seu copeiro. 14Porém lembre-se de mim, quando tudo lhe correr bem. Peço que você seja bondoso para comigo e fale a meu respeito com Faraó, e me tire desta prisão; 15porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. 16Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: — Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão branco estavam sobre a minha cabeça. 17No cesto mais alto havia todo tipo de comida que um padeiro faz para Faraó. E as aves comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça. 18Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três cestos são três dias. 19Dentro de três dias, Faraó vai mandar cortar a sua cabeça e pendurá-lo numa árvore, e as aves comerão a sua carne.
● Dois oficiais do Faraó na prisão (40.1-8)
1Passadas estas coisas, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. A essa altura, José esteve em escravidão e depois na prisão por mais de dez anos. O período total de escravidão e encarceramento será de 13 anos (Gn 37.2; 41.46).
2O Faraó indignou-se contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe, 3e mandou prendê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava. Reis frequentemente temiam ser envenenados e, por isso confiavam suas vidas a copeiros, padeiros e cozinheiros.
Consequentemente, esses oficiais eram frequentemente ricos e influentes, muitas vezes atuando como confidentes do rei, seus favoritos e possuindo influência política.
Os dois prisioneiros, o copeiro e o padeiro, encarregavam-se da alimentação do Faraó: o primeiro, do vinho na taça, e o segundo, do pão e do bolo na mesa. Ambos tinham acesso direto ao Faraó e podiam, assim, participar de uma conspiração contra ele - mesmo que o texto não revelasse qual foi o crime cometido pelos oficiais de Faraó.
4O comandante da guarda os deixou aos cuidados de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão. José exerce a função no lugar do carcereiro. Ele serve àqueles que haviam servido ao Faraó.
5E os dois sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com o seu próprio significado, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. No relato de José, os sonhos se apresentavam em pares: José teve dois antes de ir para o Egito, os servos de Faraó tiveram outros dois, e o próprio Faraó sonhou duas vezes, mas todos com significados distintos.
6Quando José chegou pela manhã, viu-os, e eis que estavam preocupados. 7Então perguntou aos oficiais de Faraó, que estavam com ele no cárcere da casa do seu senhor: — Por que vocês estão com a cara triste hoje? Ele demonstra uma preocupação atenciosa e sincera com aqueles sob sua responsabilidade. Ironicamente, o escravo, devido aos seus talentos e caráter, exerce autoridade sobre o copeiro-chefe e o padeiro-chefe do Faraó, nas casas de seus senhores.
8Eles responderam: — Tivemos um sonho, e não há quem o interprete. José lhes disse: — Não pertencem a Deus as interpretações? Contem-me o sonho que tiveram.
No Egito Antigo, a interpretação dos sonhos era uma habilidade especializada e de grande importância. Contudo, o copeiro e o padeiro, por estarem presos, não tinham acesso a esses intérpretes. Os sonhos são importantes em diversas religiões. Os sonhos são tratados, em muitos casos, como instrumento de revelação da vontade divina. Popularmente, existe uma certeza dogmática de que Deus direciona por meio de sonhos. Muitos crentes acreditam, impulsionados por experiências pessoais, que os sonhos carregam revelações especiais de Deus. Muitos depois de sonhos tomaram decisões, crendo que estavam recebendo revelações específicas de Deus. Por que dependemos e precisamos de revelações, direções e consolações deste modo?
Durante a história, os sonhos foram um importante meio de revelação divina - Jacó, José do Egito, Daniel entre outros receberam revelações especiais de Deus através de sonhos. No entanto, com a chegada de Jesus Cristo — a revelação completa de Deus — e o fechamento do cânon das Escrituras, Deus deixou de empregar os sonhos como forma rotineira de revelação. Os apóstolos não ensinaram em nenhum lugar do N.T. ou mencionaram os sonhos como parte da revelação de Deus. Em outras palavras, após o advento de Cristo, a mensagem de Deus foi encerrada, não existindo mais necessidade de novas revelações. Jesus é a plenitude da revelação. A Revelação para a qual todas as outras revelações apontam. Portanto, somente as Escrituras são a fonte confiável e objetiva da revelação de Deus em Cristo Jesus. Consequentemente, não existem novas direções à parte da Escritura - tornando os sonhos desnecessários.
Deus é capaz de revelar sua vontade por meio de sonhos? Embora Deus possa fazer o que lhe aprouver, ao receber uma suposta revelação através de sonho, devemos questionar: "Este sonho se alinha com as Escrituras?". Se a resposta for afirmativa, o sonho perde sua relevância, pois apenas reitera o que a Bíblia já estabeleceu.
8... Não pertencem a Deus as interpretações? José expressa sua fé sem hesitação. Ele tem consciência de seu papel profético e reconhece que sua autoridade e poder vêm de uma fonte superior à do Faraó.
Este é um conhecimento inacessível ao poder imperial, e sua revelação só pode vir de Deus. Não se trata de algo que possa ser aprendido ou manipulado. Contudo, os três pares de sonhos revelam o controle soberano de Deus sobre o destino.
Deus, em sua soberania, governa as forças mais potentes do universo para que a Sua santa vontade seja cumprida. O destino, portanto, não é determinado por elementos impessoais como astros, acaso ou força de vontade.
● O sonho do copeiro-chefe (40.9-15)
9Então o copeiro-chefe contou o seu sonho a José. Ele disse: — Em meu sonho havia uma videira diante de mim. 10E na videira havia três ramos. Ao brotar a videira, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11O copo de Faraó estava na minha mão. Peguei as uvas e as espremi no copo de Faraó, e o entreguei a Faraó. 12Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três ramos são três dias. 13Dentro de três dias, Faraó vai reabilitar você e reintegrá-lo no seu cargo, e você lhe dará o copo na mão dele, segundo o costume antigo, quando era seu copeiro. A restauração à sua posição original, conforme
o sonho indica, sugere que o copeiro recuperou a consciência limpa e a confiança.
14Porém lembre-se de mim, quando tudo lhe correr bem. Peço que você seja bondoso para comigo e fale a meu respeito com Faraó, e me tire desta prisão; 15porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. A fé inabalável de José é um contraste marcante com a insensibilidade indesculpável do copeiro, que, mesmo tendo sido acusado injustamente, falhou em se identificar com a luta de José.
● O sonho do padeiro-chefe (40.16-19)
16Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José... A disposição do copeiro em partilhar seu sonho denota inocência, visto que não havia nada a esconder. Em contrapartida, o padeiro, por se sentir culpado, só revela seu sonho após ouvir uma interpretação favorável para o copeiro.
16Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: — Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão branco estavam sobre a minha cabeça. 17No cesto mais alto havia todo tipo de comida que um padeiro faz para Faraó. E as aves comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça. Ele carrega iguarias na cabeça, mas não as protege. O padeiro carece de força, capacidade ou disposição para espantar as ameaças. Será que a sua consciência pesada o paralisa, ou Isso simbolizaria sua falha em proteger a mesa do Faraó?
18Então José disse: — Esta é a interpretação do sonho: os três cestos são três dias. 19Dentro de três dias, Faraó vai mandar cortar a sua cabeça e pendurá-lo numa árvore, e as aves comerão a sua carne. Após a execução, seu cadáver será exposto publicamente, possivelmente sendo devorado por aves carniceiras. Diferentemente do copeiro, a severidade da punição — uma morte desonrosa e profanadora em vez de um enterro digno — indica que ele provavelmente cometeu um crime grave que demanda censura pública.
Uma tentação muito sutil e perigosa nessa passagem é nos ver somente em José. José é o pregador da justiça de Deus: sua mensagem condena um e salva outro. Ele é um tipo de Cristo que representa a salvação para os que creem nele e condenação aos que rejeitam a sua revelação. A mensagem do evangelho para os salvos é a revelação mais gloriosa, perfeita e belíssima. Eles desfrutam dessa mensagem, se alegram e descansam em suas promessas. Para outros, a revelação é ofensiva e trágica. Os homens são melhores
representados no copeiro e no padeiro - aqueles que escutam a revelação de Deus e são condenados ou salvos.
3. A sentença de faraó (40.20-23)
20No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, ele deu um banquete a todos os seus servos. E, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. 21Reintegrou o copeiro-chefe no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó, 22mas mandou enforcar o padeiro-chefe, como José havia interpretado. 23Porém o copeiro-chefe não se lembrou de José; esqueceu-se dele.
20No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, ele deu um banquete a todos os seus servos. E, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. Anistias concedidas são mencionadas em textos egípcios referentes a esses dias. O ritual em questão destaca um servo e condena outro por traição, por meio do qual o rei executa essa ação.
23Porém o copeiro-chefe não se lembrou de José; esqueceu-se dele. Ele falha em sua obrigação de ajudar José. Somente após dois anos o copeiro se lembrará disso (Gn 41:1). Isso não é um lapso de memória, mas moral: ele não se importa egoisticamente em lembrar-se de seu companheiro de prisão.
Isso serve como um lembrete para todos nós de que devemos ser gratos àqueles que nos apoiam em momentos de dificuldade. Paralelamente, não devemos encarar como um grande insulto se formos esquecidos por quem nos deve gratidão.
A doutrina da revelação
Hebreus 1.1 Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo.
José fala sobre a revelação de Deus em relação aos assuntos humanos. Ao longo do Antigo Testamento, Deus revelou sua vontade de várias maneiras. No entanto, a maior revelação de Deus veio através de Seu Filho, e o Espírito Santo, por sua vez, revela o Filho e toda a verdade por meio dos apóstolos. Jesus Cristo continua enviando indivíduos capacitados para edificar sua igreja por meio de sua palavra e os crentes para revelar Sua vontade a todas as pessoas.
A palavra revelada de Deus é: (1) um atributo de Deus, idêntico ao Seu ser; (2) a segunda pessoa da Trindade; e (3) todas as suas comunicações específicas. A questão, portanto, é por quais meios a Palavra de Deus é revelada de Deus para os nossos ouvidos, mentes e corações.
A revelação de Deus pode ser dividida em três categorias: eventos, palavras e pessoas.
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A revelação por meio de eventos
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● A natureza e a história geral
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● A história da redenção
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A revelação por meio de palavras
● Jesus
● Apóstolos e profetas
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● A Escritura
● A pregação
Vivendo pela palavra
Gênesis 40.8 Eles responderam: — Tivemos um sonho, e não há quem o interprete. José lhes disse: — Não pertencem a Deus as interpretações? Contem-me o sonho que tiveram.
O relato de Gênesis apresenta três ênfases teológicas que guiam a nossa aplicação do ensino:
● DEUS – A revelação provém de Deus e diz respeito a Deus.
Existe uma tendência de concentrar a revelação de Deus nos homens. Mesmo no caso dos personagens do texto, a revelação era parte da providência de Deus para a ascensão de José ao governo do Egito e consequentemente a preservação de Israel. Nesse sentido, nenhuma revelação que não tenha Deus como fonte e objeto e, não diz respeito a salvação e a vida espiritual, deve ser rejeitada.
● GRAÇA – A revelação é resultado direto da graça de Deus e não das capacidades humanas.
José não tinha habilidade por si mesmo. Ele não podia adquirir a interpretação dos sonhos ou manipular a revelação divina e fez questão de apontar isso aos servos de Faraó – acostumados com as práticas egípcias e do mundo antigo. Do mesmo modo, não podemos receber a revelação por vontade própria ou por curiosidade especulativa. Apenas corações quebrantados e contritos recebem graciosamente a palavra revelada de Deus. Por isso mesmo Paulo disse: “Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, receberam o selo do Espírito Santo da promessa.” Ef 1.13.
● HOMEM – Aqueles que receberam a revelação de Deus devem conhecer e pregar a respeito dela a todas as pessoas.
José não se conteve diante da possibilidade de testemunhar acerca de Deus. Mesmo em uma situação humilhante – prisioneiro por uma acusação grave – José afirmou a soberania de Deus até sobre indivíduos poderosos. Aos crentes, portanto, depois de receber graciosamente a revelação de Deus, cabe conhecer profundamente o Senhor o que os conduz naturalmente a comunidade dos salvos. E anunciar as boas novas daquele que se revelou graciosamente, o que os leva a comunidade dos perdidos do mundo.
Conclusão
A história de José exemplifica a soberania de Deus, que usa as circunstâncias para seus propósitos e revela sua sabedoria. A plenitude da revelação divina está em Jesus Cristo e nas Escrituras, exigindo fidelidade e disposição dos crentes para proclamar o Evangelho, confiando na ação de Deus em todas as coisas.
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