Substituto





Gênesis 43.1 A fome continuava gravíssima na terra. 2Quando eles acabaram de consumir o cereal que tinham trazido do Egito, Jacó disse aos filhos: — Voltem e comprem mais um pouco de mantimento para nós. 3Mas Judá lhe disse: — Aquele homem nos advertiu solenemente, dizendo: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” 4Se o senhor resolver enviar conosco o nosso irmão, iremos e compraremos mantimento para o senhor. 5Mas, se o senhor não o enviar, não iremos, pois o homem nos disse: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” 6Israel respondeu: — Por que vocês me fizeram esse mal, dando a saber àquele homem que vocês tinham outro irmão? 7Eles responderam: — O homem nos fez perguntas específicas a respeito de nós e de nossa parentela, dizendo: “O pai de vocês ainda é vivo? Vocês têm outro irmão?” Nós apenas respondemos o que ele nos perguntou. Como podíamos adivinhar que ele nos diria: “Tragam o outro irmão?” 8Então Judá disse a Israel, seu pai: — Deixe o jovem ir comigo, e nos levantaremos e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem o senhor, nem os nossos filhinhos. 9Eu serei responsável por ele; da minha mão o senhor poderá requerê-lo. Se eu não o trouxer de volta e não o puser diante do senhor, serei culpado para com o senhor pelo resto da minha vida. 10Se não nos tivéssemos demorado, já teríamos ido e voltado duas vezes. 11Então Israel, seu pai, disse: — Se é assim, então façam o seguinte: peguem do mais precioso desta terra, ponham nos sacos para o mantimento e levem de presente a esse homem: um pouco de bálsamo e um pouco de mel, especiarias e mirra, nozes de pistácia e amêndoas. 12Levem dinheiro em dobro. E devolvam o dinheiro restituído na boca dos sacos de cereal; é possível que tenha havido algum engano. 13Levem também o irmão de vocês. Levantem-se e voltem àquele homem. 14Deus Todo-Poderoso lhes dê misericórdia diante do homem, para que restitua o outro irmão e deixe que Benjamim volte com vocês. Quanto a mim, se eu perder os filhos, sem filhos ficarei. 15Então os homens pegaram os presentes, o dinheiro em dobro e Benjamim; levantaram-se, foram ao Egito e se apresentaram diante de José. 16Quando José viu que Benjamim estava com eles, disse ao administrador de sua casa: — Leve estes homens para casa, mate um animal e prepare tudo, pois estes homens comerão comigo ao meio-dia. 17Ele fez como José lhe havia ordenado e levou os homens para a casa de José. 18Os homens tiveram medo, porque foram levados à casa de José. E diziam: — É por causa do dinheiro que da outra vez voltou nos sacos de cereal que nós fomos trazidos para cá, para que possa nos acusar e atacar, nos escravizar e tomar os nossos jumentos. 19E se aproximaram do administrador da casa de José, e lhe falaram à porta, 20e disseram: — Meu senhor, já estivemos aqui uma vez para comprar mantimento. 21Mas, quando chegamos à estalagem, ao abrir os sacos de cereal, eis que o dinheiro de cada um estava na boca do saco de cereal, nosso dinheiro intacto. Por isso, trouxemos esse dinheiro de volta. 22Trouxemos também outro dinheiro conosco, para comprar mantimento. Não sabemos quem pôs o nosso dinheiro nos sacos de cereal. 23O administrador disse: — Que a paz esteja com vocês! Não tenham medo. O seu Deus e o Deus do pai de vocês colocou esse tesouro nos sacos de cereal. Eu recebi o dinheiro que vocês trouxeram. Então ele trouxe Simeão para fora. 24Depois, o administrador levou aqueles homens à casa de José e lhes deu água, e eles lavaram os pés. Também deu ração aos seus jumentos. 25Então prepararam o presente, para quando José viesse ao meio-dia, pois ouviram que ali haviam de comer. 26Quando José chegou à sua casa, trouxeram-lhe para dentro o presente que tinham em mãos e se inclinaram até o chão diante dele. 27Ele lhes perguntou como tinham passado e disse: — O pai de vocês, aquele velho de quem me falaram, vai bem? Ainda vive? 28Responderam: — O seu servo, nosso pai, vai bem e ainda vive. E abaixaram a cabeça e se inclinaram. 29Quando José levantou os olhos, viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: — É este o irmão mais novo de vocês, de quem me falaram? E acrescentou: — Deus lhe conceda a sua graça, meu filho. 30José, profundamente emocionado por causa do seu irmão, apressou-se e procurou um lugar onde chorar. Entrou no quarto e ali chorou. 31Depois, lavou o rosto e saiu; conteve-se e disse: — Sirvam a refeição. 32Serviram a comida dele numa mesa à parte, e a comida deles também numa mesa à parte. Também os egípcios que comiam com ele foram servidos numa mesa à parte, porque os egípcios não podiam comer com os hebreus, pois isso é abominação para os egípcios. 33E sentaram-se diante dele por ordem de idade, desde o mais velho ao mais novo. Eles olhavam uns para os outros cheios de espanto. 34Então José lhes apresentou as porções que estavam diante dele, e a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que a dos outros. E beberam com ele até ficarem alegres. 44.1José deu esta ordem ao administrador da sua casa: — Encha de mantimento os sacos que estes homens trouxeram, quanto puderem levar, e ponha o dinheiro de cada um na boca do saco de mantimento. 2E coloque o meu copo de prata na boca do saco de mantimento do mais novo, junto com o dinheiro do seu cereal. E o administrador fez como José havia ordenado. 3De manhã, quando já estava claro, os homens partiram, eles com os seus jumentos. 4Saíram da cidade e, antes que pudessem ter se distanciado, José disse ao administrador de sua casa: — Levante-se e vá atrás daqueles homens. E, alcançando-os, diga o seguinte: “Por que vocês pagaram o bem com o mal? 5Não é este o copo em que bebe o meu senhor e que ele usa para fazer as suas adivinhações? Vocês fizeram algo muito errado.” 6O administrador os alcançou e lhes falou essas palavras. 7Então eles responderam: — Por que o meu senhor está dizendo uma coisa dessas? Longe de nós, seus servos, fazer uma coisa assim. 8O dinheiro que achamos na boca dos sacos de mantimento nós trouxemos de volta da terra de Canaã; como, então, iríamos roubar prata ou ouro da casa do seu senhor? 9Se algum de nós tiver esse copo, será morto; e nós ainda seremos escravos do meu senhor. 10O administrador respondeu: — Que seja como vocês disseram. Aquele com quem for encontrado o copo será meu escravo; os outros ficam livres. 11Eles se apressaram; cada um colocou o seu saco de mantimento no chão e o abriu. 12O administrador os examinou, começando do mais velho e acabando no mais novo; e o copo foi encontrado no saco de mantimento de Benjamim. 13Então eles rasgaram as suas roupas; cada um carregou de novo o seu jumento, e eles voltaram para a cidade. 14Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, este ainda estava ali. E prostraram-se em terra diante dele. 15José lhes perguntou: — O que é isso que vocês fizeram? Vocês não sabiam que um homem como eu é capaz de adivinhar? 16Então Judá respondeu: — Que podemos dizer a meu senhor? Que podemos falar? E como vamos nos justificar? Deus descobriu a nossa culpa. Eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão se achou o copo. 17Mas José disse: — Longe de mim fazer uma coisa dessas! O homem em cuja mão foi encontrado o copo, esse será meu escravo; os outros podem voltar em paz para junto de seu pai. 18Então Judá se aproximou dele e disse: — Meu senhor, permita que este seu servo diga uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a sua ira contra este seu servo, pois o senhor é como o próprio Faraó. 19Meu senhor perguntou a seus servos: “Vocês têm pai ou mais algum irmão?” 20E respondemos a meu senhor: “Temos um pai já velho e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.” 21Então o senhor disse a estes seus servos: “Tragam o jovem, para que eu o veja.” 22Respondemos ao meu senhor: “O jovem não pode deixar o pai; se deixar o pai, este morrerá.” 23Então meu senhor disse a estes seus servos: “Se o irmão mais novo não vier com vocês, nunca mais vocês verão o meu rosto.” 24— Quando voltamos à casa de meu pai, que é seu servo, e repetimos a ele as palavras de meu senhor, 25nosso pai disse: “Voltem e comprem um pouco de mantimento.” 26Nós respondemos: “Não podemos ir para lá. Mas, se o nosso irmão mais moço for conosco, iremos. Porque não podemos ver a face do homem, se este nosso irmão mais moço não estiver conosco.” 27Então nos disse o seu servo, nosso pai: “Vocês sabem que a minha mulher me deu dois filhos. 28Um se ausentou de mim, e eu disse: ‘Certamente foi despedaçado, e até agora não mais o vi.’ 29Se agora vocês me tirarem também este da minha presença, e lhe acontecer algum desastre, farão descer os meus cabelos brancos com tristeza à sepultura.” 30— Agora, pois, se eu voltar para junto de meu pai, seu servo, sem que o jovem vá conosco, visto que a alma de meu pai está ligada com a alma dele, 31vendo ele que o jovem não está conosco, morrerá; e estes seus servos farão descer os cabelos brancos de nosso pai, seu servo, com tristeza à sepultura. 32Porque este seu servo ficou responsável por este jovem diante de meu pai, dizendo: “Se eu não o trouxer de volta, serei culpado para com o meu pai pelo resto da minha vida.” 33Agora, pois, que este seu servo fique em lugar do jovem como escravo de meu senhor, e que o jovem volte com os seus irmãos. 34Porque como poderei voltar a meu pai, se o jovem não for comigo? Eu não poderia ver esse mal se abatendo sobre o meu pai.

A tensão da trama do texto envolve a reconciliação progressiva dos irmãos, até então separados. O favoritismo e os temores de Jacó, a incerteza quanto ao comportamento dos irmãos e a identidade fingida de José são aparentes obstáculos no caminho para a reconciliação.

O drama da reconciliação começa com as instruções de Jacó referentes ao retorno para o Egito, passa pela ordem de José para preparar uma refeição - todos os 11 irmãos se curvam diante de José, e José emociona-se ao ver Benjamim –, e termina com os irmãos festejando no banquete. A crise é desencadeada pelo teste final da integridade dos irmãos, proposto por José. A tensão aumenta rapidamente com a trama de José de esconder sua taça de prata no saco de Benjamim, com as acusações do mordomo de ingratidão e roubo, e com a proposta apressada dos irmãos, caso um desses fosse considerado culpado. O centro da passagem é ocupado pelo apelo fervoroso de Judá, que forma o ponto crucial da história de reconciliação final entre os filhos de Jacó.

Em diversos pontos da passagem, o narrador inspirado apresenta a ideia da substituição. Judá é o personagem que por duas vezes (43.9 e 44.33) se oferece para tomar o lugar de Benjamim, primeiro para seu pai e depois para o seu irmão. A reconciliação só pode acontecer se os irmãos estiverem dispostos a se entregarem uns pelos outros. No centro do evangelho encontramos a mensagem de que Cristo tomou nosso lugar e se ofereceu como sacrifício para restaurar a comunhão de Deus com seus eleitos. O cristianismo é a única religião que diz que o próprio Deus de fato sofreu. Mas, que proveito existe em todo esse sofrimento e o porquê de tanta dor?

A segunda viagem dos filhos de Jacó

Essa cena pode ser dividida em dois cenários: em Canaã – negociações familiares para retornar ao Egito. No Egito - o banquete com José em sua casa e a prova dos seus irmãos.

1. Jacó ordena o retorno ao Egito (43.1-14)

Gênesis 43.1 A fome continuava gravíssima na terra. 2Quando eles acabaram de consumir o cereal que tinham trazido do Egito, Jacó disse aos filhos: — Voltem e comprem mais um pouco de mantimento para nós. 3Mas Judá lhe disse: — Aquele homem nos advertiu solenemente, dizendo: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” 4Se o senhor resolver enviar conosco o nosso irmão, iremos e compraremos mantimento para o senhor. 5Mas, se o senhor não o enviar, não iremos, pois o homem nos disse: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” 6Israel respondeu: — Por que vocês me fizeram esse mal, dando a saber àquele homem que vocês tinham outro irmão? 7Eles responderam: — O homem nos fez perguntas específicas a respeito de nós e de nossa parentela, dizendo: “O pai de vocês ainda é vivo? Vocês têm outro irmão?” Nós apenas respondemos o que ele nos perguntou. Como podíamos adivinhar que ele nos diria: “Tragam o outro irmão?” 8Então Judá disse a Israel, seu pai: — Deixe o jovem ir comigo, e nos levantaremos e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem o senhor, nem os nossos filhinhos. 9Eu serei responsável por ele; da minha mão o senhor poderá requerê-lo. Se eu não o trouxer de volta e não o puser diante do senhor, serei culpado para com o senhor pelo resto da minha vida. 10Se não nos tivéssemos demorado, já teríamos ido e voltado duas vezes. 11Então Israel, seu pai, disse: — Se é assim, então façam o seguinte: peguem do mais precioso desta terra, ponham nos sacos para o mantimento e levem de presente a esse homem: um pouco de bálsamo e um pouco de mel, especiarias e mirra, nozes de pistácia e amêndoas. 12Levem dinheiro em dobro. E devolvam o dinheiro restituído na boca dos sacos de cereal; é possível que tenha havido algum engano. 13Levem também o irmão de vocês. Levantem-se e voltem àquele homem. 14Deus Todo-Poderoso lhes dê misericórdia diante do homem, para que restitua o outro irmão e deixe que Benjamim volte com vocês. Quanto a mim, se eu perder os filhos, sem filhos ficarei.

3Mas Judá lhe disse: — Aquele homem nos advertiu solenemente, dizendo: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” Judá começa a liderar a família. Ele é o filho mais velho com boas relações com o pai. A partir desse ponto, Judá torna-se o líder de seus irmãos. Sua tribo será proeminente entre os filhos de Israel.

4Se o senhor resolver enviar conosco o nosso irmão, iremos e compraremos mantimento para o senhor. 5Mas, se o senhor não o enviar, não iremos, pois o homem nos disse: “Vocês não verão o meu rosto, se o outro irmão não vier com vocês.” Judá submete-se à orientação do pai, mas também apresenta uma condição definitiva para responder à recusa dele.

8Então Judá disse a Israel, seu pai: — Deixe o jovem ir comigo, e nos levantaremos e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem o senhor, nem os nossos filhinhos. Judá, precisamente, mostra a gravidade da situação ao seu pai. A questão é de vida ou morte e Judá precisa falar a verdade em amor.

9Eu serei responsável por ele; da minha mão o senhor poderá requerê-lo. Se eu não o trouxer de volta e não o puser diante do senhor, serei culpado para com o senhor pelo resto da minha vida. Judá está assumindo a responsabilidade de salvar toda a família pactual. Ele toma o lugar e oferece a sua própria família como resgate do filho mais novo de Jacó.

A responsabilidade de uns pelos outros é um princípio constante na história do povo de Deus. Não existe cristianismo individual, ao contrário, somos frequentemente ordenados na Escritura a cuidar uns dos outros.

11Então Israel, seu pai, disse: — Se é assim, então façam o seguinte: peguem do mais precioso desta terra, ponham nos sacos para o mantimento e levem de presente a esse homem: um pouco de bálsamo e um pouco de mel, especiarias e mirra, nozes de pistácia e amêndoas. 12Levem dinheiro em dobro. E devolvam o dinheiro restituído na boca dos sacos de cereal; é possível que tenha havido algum engano. 13Levem também o irmão de vocês. Levantem-se e voltem àquele homem. Jacó finalmente cedeu e seus filhos iniciaram os preparativos para o encontro com José, preparando presentes (oferta, símbolo de submissão) e o dinheiro devolvido por José.

14Deus Todo-Poderoso lhes dê misericórdia diante do homem, para que restitua o outro irmão e deixe que Benjamim volte com vocês. Quanto a mim, se eu perder os filhos, sem filhos ficarei. Jacó utiliza o título de Deus no contexto das promessas da aliança de transformá-los em uma grande nação para abençoar as outras nações. Ele entrega-se a Deus, mas não como estoico - Jacó se entrega após orar pela misericórdia de Deus.

2. Banquete com José (43.15-34)

Gênesis 43.15 Então os homens pegaram os presentes, o dinheiro em dobro e Benjamim; levantaram-se, foram ao Egito e se apresentaram diante de José. 16Quando José viu que Benjamim estava com eles, disse ao administrador de sua casa: — Leve estes homens para casa, mate um animal e prepare tudo, pois estes homens comerão comigo ao meio-dia. 17Ele fez como José lhe havia ordenado e levou os homens para a casa de José. 18Os homens tiveram medo, porque foram levados à casa de José. E diziam: — É por causa do dinheiro que da outra vez voltou nos sacos de cereal que nós fomos trazidos para cá, para que possa nos acusar e atacar, nos escravizar e tomar os nossos jumentos. 19E se aproximaram do administrador da casa de José, e lhe falaram à porta, 20e disseram: — Meu senhor, já estivemos aqui uma vez para comprar mantimento. 21Mas, quando chegamos à estalagem, ao abrir os sacos de cereal, eis que o dinheiro de cada um estava na boca do saco de cereal, nosso dinheiro intacto. Por isso, trouxemos esse dinheiro de volta. 22Trouxemos também outro dinheiro conosco, para comprar mantimento. Não sabemos quem pôs o nosso dinheiro nos sacos de cereal. 23O administrador disse: — Que a paz esteja com vocês! Não tenham medo. O seu Deus e o Deus do pai de vocês colocou esse tesouro nos sacos de cereal. Eu recebi o dinheiro que vocês trouxeram. Então ele trouxe Simeão para fora. 24Depois, o administrador levou aqueles homens à casa de José e lhes deu água, e eles lavaram os pés. Também deu ração aos seus jumentos. 25Então prepararam o presente, para quando José viesse ao meio-dia, pois ouviram que ali haviam de comer. 26Quando José chegou à sua casa, trouxeram-lhe para dentro o presente que tinham em mãos e se inclinaram até o chão diante dele. 27Ele lhes perguntou como tinham passado e disse: — O pai de vocês, aquele velho de quem me falaram, vai bem? Ainda vive? 28Responderam: — O seu servo, nosso pai, vai bem e ainda vive. E abaixaram a cabeça e se inclinaram. 29Quando José levantou os olhos, viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: — É este o irmão mais novo de vocês, de quem me falaram? E acrescentou: — Deus lhe conceda a sua graça, meu filho. 30José, profundamente emocionado por causa do seu irmão, apressou-se e procurou um lugar onde chorar. Entrou no quarto e ali chorou. 31Depois, lavou o rosto e saiu; conteve-se e disse: — Sirvam a refeição. 32Serviram a comida dele numa mesa à parte, e a comida deles também numa mesa à parte. Também os egípcios que comiam com ele foram servidos numa mesa à parte, porque os egípcios não podiam comer com os hebreus, pois isso é abominação para os egípcios. 33E sentaram-se diante dele por ordem de idade, desde o mais velho ao mais novo. Eles olhavam uns para os outros cheios de espanto. 34Então José lhes apresentou as porções que estavam diante dele, e a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que a dos outros. E beberam com ele até ficarem alegres.

16Quando José viu que Benjamim estava com eles, disse ao administrador de sua casa: — Leve estes homens para casa, mate um animal e prepare tudo, pois estes homens comerão comigo ao meio-dia. José ordena que seus irmãos se hospedem em sua casa e manda que sejam instalados e alimentados.

18Os homens tiveram medo, porque foram levados à casa de José. E diziam: — É por causa do dinheiro que da outra vez voltou nos sacos de cereal que nós fomos trazidos para cá, para que possa nos acusar e atacar, nos escravizar e tomar os nossos jumentos. Os irmãos de José estão preocupados com o dinheiro que foi propositalmente devolvido no primeiro encontro.

23O administrador disse: — Que a paz esteja com vocês! Não tenham medo. O seu Deus e o Deus do pai de vocês colocou esse tesouro nos sacos de cereal. Eu recebi o dinheiro que vocês trouxeram. Então ele trouxe Simeão para fora. O irmão retido é restituído após a chegada na casa de José.

26Quando José chegou à sua casa, trouxeram-lhe para dentro o presente que tinham em mãos e se inclinaram até o chão diante dele. Os irmãos de José se prostraram diante dele de acordo com os sonhos dados por Deus.

27Ele lhes perguntou como tinham passado e disse: — O pai de vocês, aquele velho de quem me falaram, vai bem? Ainda vive? José importa-se com seu pai.

29Quando José levantou os olhos, viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: — É este o irmão mais novo de vocês, de quem me falaram? E acrescentou: — Deus lhe conceda a sua graça, meu filho. José tem um laço especial com seu irmão de sangue.

30José, profundamente emocionado por causa do seu irmão, apressou-se e procurou um lugar onde chorar. Entrou no quarto e ali chorou. Por baixo do manto de sua aparência egípcia, seu amor por sua família pulsa forte. As dores das nossas decepções podem causar feridas profundas, contudo, não podemos alimentar a ideia de que o egoísmo é a alternativa a futuras frustrações em nossos relacionamentos. Para muitas pessoas as feridas justificam o comportamento egoísta, mas a verdade é que o egoísmo existia antes das pessoas serem maltratadas.

José exemplifica o amor de Cristo por todos aqueles que ele morreu para salvar.

31Depois, lavou o rosto e saiu; conteve-se e disse: — Sirvam a refeição. José é anfitrião de uma refeição para seus irmãos, que anos atrás haviam se sentado para comer enquanto ele sofria na cova.

34Então José lhes apresentou as porções que estavam diante dele, e a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que a dos outros. E beberam com ele até ficarem alegres. A porção de Benjamim era cinco vezes mais. José testa a inveja dos irmãos que, curiosamente, parecem não se importar com a preferência de José.

3. Os irmãos de José são testados (44.1-13)

44.1 José deu esta ordem ao administrador da sua casa: — Encha de mantimento os sacos que estes homens trouxeram, quanto puderem levar, e ponha o dinheiro de cada um na boca do saco de mantimento. 2E coloque o meu copo de prata na boca do saco de mantimento do mais novo, junto com o dinheiro do seu cereal. E o administrador fez como José havia ordenado. 3De manhã, quando já estava claro, os homens partiram, eles com os seus jumentos. 4Saíram da cidade e, antes que pudessem ter se distanciado, José disse ao administrador de sua casa: — Levante-se e vá atrás daqueles homens. E, alcançando- os, diga o seguinte: “Por que vocês pagaram o bem com o mal? 5Não é este o copo em que bebe o meu senhor e que ele usa para fazer as suas adivinhações? Vocês fizeram algo muito errado.” 6O administrador os alcançou e lhes falou essas palavras. 7Então eles responderam: — Por que o meu senhor está dizendo uma coisa dessas? Longe de nós, seus servos, fazer uma coisa assim. 8O dinheiro que achamos na boca dos sacos de mantimento nós trouxemos de volta da terra de Canaã; como, então, iríamos roubar prata ou ouro da casa do seu senhor? 9Se algum de nós tiver esse copo, será morto; e nós ainda seremos escravos do meu senhor. 10O administrador respondeu: — Que seja como vocês disseram. Aquele com quem for encontrado o copo será meu escravo; os outros ficam livres. 11Eles se apressaram; cada um colocou o seu saco de mantimento no chão e o abriu. 12O administrador os examinou, começando do mais velho e acabando no mais novo; e o copo foi encontrado no saco de mantimento de Benjamim. 13Então eles rasgaram as suas roupas; cada um carregou de novo o seu jumento, e eles voltaram para a cidade.

1José deu esta ordem ao administrador da sua casa: — Encha de mantimento os sacos que estes homens trouxeram, quanto puderem levar, e ponha o dinheiro de cada um na boca do saco de mantimento. 2E coloque o meu copo de prata na boca do saco de mantimento do mais novo, junto com o dinheiro do seu cereal. E o administrador fez como José havia ordenado. José testa a autenticidade da conversão de seus irmãos outrora odiosos. Ele recria, brilhantemente, o mesmo ambiente de sua traição. Eles permanecerão leais ao irmão de sangue, mesmo parecendo culpado de furto ou eles o abandonaram no Egito assim como haviam abandonado o José inocente?

5Não é este o copo em que bebe o meu senhor e que ele usa para fazer as suas adivinhações? Vocês fizeram algo muito errado.” A pretensão de adivinhação faz parte da estratégia. A utilização de uma mentira para provar a sinceridade dos irmãos levanta a questão da autenticidade do teste. A Bíblia não ignora ou reluta em revelar a pecaminosidade humana. As técnicas de adivinhação por meio de líquidos eram comuns no Antigo Oriente Próximo. José, no entanto, recebe revelações apenas de Deus.

9Se algum de nós tiver esse copo, será morto; e nós ainda seremos escravos do meu senhor. O juramento apressado provém de sua certeza de inocência. Eles expressam sua confiança uns nos outros nos termos mais fortes. Esse tipo de confiança é essencial para um bom relacionamento familiar.

10O administrador respondeu: — Que seja como vocês disseram. Aquele com quem for encontrado o copo será meu escravo; os outros ficam livres. Quando descobrirem que Benjamim está com o copo, eles serão confrontados com uma escolha que apresenta semelhanças significativas com sua decisão referente a José. Benjamim é inocente como José, e como aconteceu no episódio de José, eles têm a opção de abandoná-lo com escravo no Egito.

12O administrador os examinou, começando do mais velho e acabando no mais novo; e o copo foi encontrado no saco de mantimento de Benjamim. 13Então eles rasgaram as suas roupas; cada um carregou de novo o seu jumento, e eles voltaram para a cidade. Seus atos confirmam sua mudança de caráter. Agora, eles demonstram afeto pelo seu pai e seu irmão. Eles passam no teste: não abandonam seu irmão.

4. José testa Judá (44.14-34)

Gênesis 44.14 Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, este ainda estava ali. E prostraram-se em terra diante dele. 15José lhes perguntou: — O que é isso que vocês fizeram? Vocês não sabiam que um homem como eu é capaz de adivinhar? 16Então Judá respondeu: — Que podemos dizer a meu senhor? Que podemos falar? E como vamos nos justificar? Deus descobriu a nossa culpa. Eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão se achou o copo. 17Mas José disse: — Longe de mim fazer uma coisa dessas! O homem em cuja mão foi encontrado o copo, esse será meu escravo; os outros podem voltar em paz para junto de seu pai. 18Então Judá se aproximou dele e disse: — Meu senhor, permita que este seu servo diga uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a sua ira contra este seu servo, pois o senhor é como o próprio Faraó. 19Meu senhor perguntou a seus servos: “Vocês têm pai ou mais algum irmão?” 20E respondemos a meu senhor: “Temos um pai já velho e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.” 21Então o senhor disse a estes seus servos: “Tragam o jovem, para que eu o veja.” 22Respondemos ao meu senhor: “O jovem não pode deixar o pai; se deixar o pai, este morrerá.” 23Então meu senhor disse a estes seus servos: “Se o irmão mais novo não vier com vocês, nunca mais vocês verão o meu rosto.” 24— Quando voltamos à casa de meu pai, que é seu servo, e repetimos a ele as palavras de meu senhor, 25nosso pai disse: “Voltem e comprem um pouco de mantimento.” 26Nós respondemos: “Não podemos ir para lá. Mas, se o nosso irmão mais moço for conosco, iremos. Porque não podemos ver a face do homem, se este nosso irmão mais moço não estiver conosco.” 27Então nos disse o seu servo, nosso pai: “Vocês sabem que a minha mulher me deu dois filhos. 28Um se ausentou de mim, e eu disse: ‘Certamente foi despedaçado, e até agora não mais o vi.’ 29Se agora vocês me tirarem também este da minha presença, e lhe acontecer algum desastre, farão descer os meus cabelos brancos com tristeza à sepultura.” 30— Agora, pois, se eu voltar para junto de meu pai, seu servo, sem que o jovem vá conosco, visto que a alma de meu pai está ligada com a alma dele, 31vendo ele que o jovem não está conosco, morrerá; e estes seus servos farão descer os cabelos brancos de nosso pai, seu servo, com tristeza à sepultura. 32Porque este seu servo ficou responsável por este jovem diante de meu pai, dizendo: “Se eu não o trouxer de volta, serei culpado para com o meu pai pelo resto da minha vida.” 33Agora, pois, que este seu servo fique em lugar do jovem como escravo de meu senhor, e que o jovem volte com os seus irmãos. 34Porque como poderei voltar a meu pai, se o jovem não for comigo? Eu não poderia ver esse mal se abatendo sobre o meu pai.

16Então Judá respondeu: — Que podemos dizer a meu senhor? Que podemos falar? E como vamos nos justificar? Deus descobriu a nossa culpa. Eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão se achou o copo. Em seu primeiro discurso, Judá menciona três pontos: ele afirma a inocência de seu irmão no furto, confessa seu dilema como decorrente do julgamento de Deus contra sua culpa anterior, e finalmente oferece todos os irmãos como escravos. As evidências circunstanciais contra eles são tão fortes que parece inútil se defender.

17Mas José disse: — Longe de mim fazer uma coisa dessas! O homem em cuja mão foi encontrado o copo, esse será meu escravo; os outros podem voltar em paz para junto de seu pai. Sua limitação a apenas um homem é consistente com a lei moral de Deus - A pessoa que pecar, essa morrerá (Ez 18.4).

18Então Judá se aproximou dele e disse: — Meu senhor, permita que este seu servo diga uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a sua ira contra este seu servo, pois o senhor é como o próprio Faraó.... 32Porque este seu servo ficou responsável por este jovem diante de meu pai, dizendo: “Se eu não o trouxer de volta, serei culpado para com o meu pai pelo resto da minha vida.” Num discurso fervoroso para salvar Benjamim - o discurso mais longo em Gênesis - Judá apela a José para que demonstre misericórdia para com seu pai. Primeiro ele repete a história de suas duas viagens ao Egito, concentrando-se na grande hesitação de seu pai de ceder à exigência de José de enviar o filho, para que ele não sofra a perda de outro filho. Ele enfatiza que a perda de seu filho matará seu pai. Judá encerra seu apelo pedindo que José lhe permita cumprir seu juramento e se torne escravo no lugar do garoto, para poupar seu pai da miséria.

O discurso de Judá é respeitoso, cuidadoso e, acima de tudo, passional e vindo direto do coração. Assim como ele convenceu seu pai em seu primeiro discurso, ele agora alcança o coração de José e reconcilia seus irmãos.

33Agora, pois, que este seu servo fique em lugar do jovem como escravo de meu senhor, e que o jovem volte com os seus irmãos. Esse caso de substituição humana nas Escrituras revela um Judá diferente daquele que vendeu seu irmão para a escravidão. Judá simplesmente sente tanto por seu pai que ele implora para sacrificar-se por um irmão que é mais amado do que ele mesmo.

34Porque como poderei voltar a meu pai, se o jovem não for comigo? Eu não poderia ver esse mal se abatendo sobre o meu pai. Um Judá anteriormente insensível e agora compassivo. O fato de Judá citar o favoritismo de seu pai como razão para seu sacrifício próprio é uma prova tão irresistível de devoção que ele derruba as últimas defesas de José. O amor de Judá se sobressai ao desgosto de José.

A doutrina da substituição

1Pedro 2.23 Pois ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente, 24carregando ele mesmo, em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Pelas feridas dele vocês foram sarados. 25Porque vocês estavam desgarrados como ovelhas; agora, porém, se converteram ao Pastor e Bispo da alma de vocês.

Judá defende apaixonadamente a libertação de Benjamim. Ele se oferece como escravo em seu lugar. Está pronto para sofrer a perda de liberdade e grande sofrimento para que Benjamim não seja escravizado no Egito.

Pedro afirma que Jesus era sem pecado, mas, ainda assim, sofreu insultos, feridas e, finalmente, a morte na cruz. Sua morte proporcionou a nossa própria justiça. Nas palavras do apóstolo: “Pelas feridas dele vocês foram sarados”.

A expiação dos nossos pecados foi alcançada pelo sofrimento e pela morte de Jesus na cruz, não por seus ensinamentos, tampouco por seus milagres. A morte substitutiva e sofredora de Jesus na cruz é que nos conduz de volta para Deus.

Além disso, Cristo não carregou nossos pecados literalmente (natureza pecaminosa). Não foram os pecados em si, mas a culpa pelos nossos pecados que ele carregou e, por causa disso, ele foi condenado.

Se o castigo pela quebra da lei é a morte em todos os sentidos: física, espiritual (separação de Deus) e eterna (Inferno), como podemos dizer que Jesus recebeu todo o nosso castigo?

A pergunta 37 do Catecismo de Heidelberg (O mais importante documento confessional da Igreja Reformada Alemã - combina o melhor da sabedoria luterana e reformada. O Catecismo de Heidelberg tem sido destacado como a mais bela das confissões de fé produzidas pela Reforma Protestante, a mais generosa e pessoal dentre as exposições do calvinismo):

Que entendes pela palavra ‘sofreu’?” Que durante toda a sua vida na terra, e especialmente no fim dela, ele suportou no corpo e na alma a ira de Deus contra os pecados de todo o gênero humano, de modo que, pelo seu sofrimento, como o único sacrifício expiatório, ele redimisse o nosso corpo e a nossa alma da maldição eterna, e para nós conseguisse de Deus a graça, a justiça e a vida eterna.

O substituto dos pecadores

Gênesis 44.33 Agora, pois, que este seu servo fique em lugar do jovem como escravo de meu senhor, e que o jovem volte com os seus irmãos.

O autor inspirado de Gênesis apresenta três ênfases teológicas:

  • ●  Deus – Judá estava disposto a assumir a culpa de Benjamim para livrar seu pai do sofrimento de perder seu filho amado. Na cruz, Deus em vez de infligir sobre nós o justo juízo que merecíamos, em Cristo o suportou em nosso lugar. Assim, quando Jesus morreu na cruz em substituição aos homens pecadores, estava demonstrando todo o seu amor, mesmo em face de tamanha afronta.

  • ●  Graça – A noção de substituição, em que uma pessoa toma o lugar da outra, especialmente a fim de levar sua dor e livrá-la dela, é universalmente vista como nobre. É bom poupar a dor das pessoas, mas é recompensador fazê-lo ao custo de si mesmo. Judá demonstrou o vigor de sua conversão, quando graciosamente, ofereceu sua vida no lugar de seu irmão – acusado de roubo. O que é alcançado na cruz não é uma mera troca de religião externa, o que acontece é que somos unidos em Cristo através do Espírito, que nos transforma radicalmente em essência e caráter.

    Homem – O sofrimento de Jesus é o maior ato de amor, justiça e poder de Deus na história. Essa prova de amor é bem prática. Quando passamos por momentos de dor e sofrimento ficamos sem entender os motivos da nossa dificuldade. Nosso sofrimento parece sem sentido como o sofrimento de Jesus na crucificação. A cruz prova que Deus nos ama e entende o que significa sofrer, que Deus está trabalhando em nossas vidas, mesmo quando não parece haver sentido ou razão para o que está acontecendo. Por causa do caminho da crucificação, a dor em nossa vida é passageira e todo sofrimento que poderíamos experimentar para sempre foi absorvido por Cristo. Ele sabe o que é padecer.

Conclusão

O apaixonado apelo de Judá a José contrasta fortemente com a sua proposta anterior de vender José como escravo (Gn 37:26,27). O nosso pecado é extremamente horrível e nada revela melhor a natureza e a gravidade dele quanto a cruz. Cristo não foi morto pela traição de Judas, pela inveja dos sacerdotes, pela covardia de Pilatos ou pela violência dos romanos. Ele morreu por nossos pecados. Deus, em seu imenso amor, preferiu desamparar seu Filho amado para nos salvar.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Justo e Justificador

Discipulado: Como discipular?

Substituição